Em 2023, o varejo no Brasil foi o setor mais atingido por cibercriminosos, sofrendo 35% dos ataques virtuais, segundo a empresa de Cibersegurança Safe Labs. As instituições financeiras vieram logo atrás, sendo afetadas por 27% das investidas, seguidas pelas empresas de saúde, com 13%.
A atratividade dessa área se deve ao armazenamento de dados sensíveis, como informações pessoais e detalhes de cartões de crédito e débito, materiais essenciais para a realização de fraudes financeiras.
Leonardo Camata, diretor da SafeLab, em entrevista à Folha de São Paulo, explicou que “o criminoso vai além da foto de perfil. Consegue acesso a nome e telefones de familiares, o que confere legitimidade na hora de pedir um empréstimo para a fraude.”.
Camata ainda destaca que estelionatários conseguem obter elementos de terceiros até mesmo de dentro de presídios, utilizando canais no Telegram e fóruns online. Ele explica que a maioria dos golpes virtuais no país é realizada por indivíduos sem conhecimento técnico aprofundado em informática. “Antigamente, golpistas procuravam faturas de cartão de crédito em caixas postais; hoje, fazem isso na internet,” observou.
Ou seja, com a evolução das estratégias dos hackers e o fácil acesso a informações no mundo virtual, é necessário que as empresas destinem investimentos significativos à Cibersegurança para proteger sua reputação e seus clientes.