O relatório da Deloitte ainda destaca que a IA trará desafios para o mercado de trabalho das maiores economias do mundo. Enquanto países como China e Estados Unidos lideram os investimentos e desenvolvimentos de tecnologias avançadas, nações como Índia e África do Sul enfrentam dificuldades para atrair recursos e estabelecer as bases necessárias para evoluir.

Portanto, embora a automação traga benefícios em eficiência e produtividade, ela pode contribuir para o desemprego e acentuar as desigualdades sociais nessas localidades, caso não sejam implementadas políticas de requalificação e inclusão digital.

O Brasil, inserido no contexto dos países emergentes, está se posicionando para mudar o cenário. Em 2021, foi lançada a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial, que:

• ➜ Oferece uma visão abrangente para fomentar o desenvolvimento local e garantir o uso responsável do recurso;
• ➜ Enfatiza a importância de atrair e reter especialistas para fortalecer o setor, através da criação de diretrizes éticas – incluindo pesquisas sobre ”IA explicável”, que busca garantir a transparência e permitir a supervisão humana;
• ➜ Ressalta a necessidade da formação de uma força de trabalho qualificada, por meio de financiamento acadêmico, bolsas de estudo e programas de graduação especializados.

Avançando nessa direção, em julho de 2024, foi anunciado o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial 2024-2028 durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Com um investimento de R$23 bilhões ao longo de quatro anos, o PBIA tem como objetivo transformar o país em um exemplo global de inovação e eficiência na aplicação da Inteligência Artificial, especialmente no setor público e em iniciativas de inclusão social.

Ou seja, essas iniciativas visam não apenas integrar o Brasil ao cenário global, mas também construir um futuro mais inovador e acessível, onde os benefícios da tecnologia sejam amplamente compartilhados.